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Estimativas de Inflação no Brasil no 2º Semestre de 2025: Cenários, Impactos e Expectativas Econômicas

Inflação no Brasil: saiba o que esperar no segundo semestre de 2025. Veja projeções do Banco Central, impactos no PIB, no consumo e estratégias de proteção.

FINANÇAS

Edson Nogueira

7/9/20254 min read

Billboard displays weekly sale prices for various items.
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Estimativas de Inflação no Brasil no 2º Semestre de 2025: Cenários, Impactos e Expectativas Econômicas

Inflação no Brasil: saiba o que esperar no segundo semestre de 2025. Veja projeções do Banco Central, impactos no PIB, no consumo e estratégias de proteção.

Com o início do segundo semestre de 2025, o Brasil enfrenta um cenário econômico que exige atenção redobrada. A inflação continua sendo uma das principais preocupações, tanto para formuladores de políticas quanto para consumidores e investidores.
As projeções atualizadas indicam inflação sob controle, mas com riscos emergentes, especialmente diante de incertezas fiscais, cambiais e geopolíticas.

Este artigo analisa, com base nas mais recentes projeções e dados oficiais, o que esperar da inflação brasileira no restante de 2025, como isso afeta o PIB, o consumo, os investimentos e, principalmente, o dia a dia da população.

Inflação no Segundo Semestre de 2025: O Que Dizem os Dados?

De acordo com o Relatório Focus divulgado em 1º de julho de 2025, a inflação acumulada no primeiro semestre foi de 2,15%, dentro das expectativas do mercado. A previsão para o fechamento do ano permanece em torno de 3,92%, próxima da meta de 3%.

🔍 Fonte oficial: Banco Central - Boletim Focus

Outras projeções:

  • XP Investimentos: 4,05% para 2025

  • FMI: 4,1%

  • OCDE: 3,8%

A tendência para o segundo semestre é de inflação levemente crescente, especialmente entre agosto e novembro, em função de:

  • Reajustes de energia elétrica (bandeira amarela ativada)

  • Alta do petróleo no mercado internacional

  • Efeito da entressafra nos alimentos

Fatores que Devem Aumentar ou Reduzir a Inflação no 2º Semestre

Pressões de alta:

  • Combustíveis: com o barril do petróleo Brent acima de US$ 85, a Petrobras anunciou aumento médio de 7% na gasolina em julho.

  • Energia elétrica: previsão de bandeira tarifária amarela até outubro em regiões Centro-Oeste e Sudeste.

  • Alimentos: impacto da entressafra de grãos e hortaliças entre julho e setembro.

  • Dólar mais caro: em julho, a moeda norte-americana se manteve na faixa de R$ 5,05 a R$ 5,12.

Pressões de queda:

  • Desaceleração global: reduz o preço de algumas commodities, como minério e trigo.

  • Demanda interna mais fraca: famílias com orçamento apertado tendem a reduzir o consumo.

  • Selic ainda alta: em 10,25%, atua como freio de médio prazo à inflação.

O Papel do Cenário Internacional no Segundo Semestre

As tensões geopolíticas (Ucrânia, Taiwan, Oriente Médio) seguem influenciando a volatilidade dos mercados e a precificação de energia, insumos agrícolas e logística internacional.

Além disso, os juros altos nos EUA (Fed mantendo taxa em 5,25%) continuam a pressionar moedas emergentes e dificultam a queda sustentável do dólar no Brasil, o que influencia diretamente os preços internos.

🔍 Fonte: FMI – Economic Outlook, julho de 2025

Como o PIB Influencia a Inflação no Segundo Semestre

Segundo o IPEA, o crescimento do PIB brasileiro no 1º semestre foi de 0,8%, com previsão de crescimento total de 2,1% em 2025. No 2º semestre, espera-se desempenho mais forte, especialmente em:

  • Agronegócio: recuperação das exportações

  • Tecnologia e inovação: maior investimento em startups e digitalização de serviços

  • Turismo e serviços: impulsionados pelo segundo semestre de alta temporada

Contudo, esse crescimento pode elevar a demanda agregada, pressionando preços em setores como transporte, alimentação e lazer.

Inflação e Consumo: O Que Muda no Segundo Semestre?

Alimentos:

  • Feijão e arroz com aumento de até 12% no trimestre (segundo a Abras)

  • Carnes e ovos continuam voláteis devido à instabilidade dos custos de ração e transporte

  • Produtos processados podem subir entre 3% e 6%

Transporte:

  • Passagens de ônibus intermunicipais subiram 4,5% em julho

  • Aplicativos reajustaram tarifas em até 10% em capitais como SP e RJ

Habitação:

  • Índice FipeZap mostra que aluguéis residenciais subiram 1,1% só em junho

  • Energia elétrica terá impacto médio de R$ 12 a mais por mês para famílias da classe média

🔍 Fonte: DIEESE – Cesta Básica julho 2025

O Que Fazer para se Proteger da Inflação no 2º Semestre

  1. Rever o orçamento familiar mensal

    • Corte supérfluos

    • Antecipar compras de itens que devem subir

  2. Focar em investimentos indexados ao IPCA

    • Tesouro IPCA+ 2029

    • Fundos multimercados com proteção inflacionária

  3. Educar-se financeiramente

    • Acompanhe indicadores semanais (IPCA-15, Boletim Focus)

    • Use apps como Kinvo, Mobills ou Guiabolso

  4. Negociar contratos e reajustes

    • Evite renovação automática de aluguel e contratos com correção por IGP-M

    • Tente negociar em IPCA ou valores fixos

Visão do Governo e do Banco Central

O Ministério da Fazenda, por meio de Fernando Haddad, afirmou que manterá o compromisso com o equilíbrio fiscal para não pressionar a inflação no segundo semestre.

O Banco Central, por sua vez, indicou que novas quedas na Selic só ocorrerão caso:

  • A inflação convirja para a meta de 3%

  • Não haja surpresas fiscais ou choques externos

🔍 Fonte: Ata do Copom – julho de 2025

Fontes confiáveis consultadas

  • Banco Central – Boletim Focus e Copom

  • DIEESE – Cesta Básica

  • IPEA – Relatório de Crescimento

  • IBGE – IPCA e PIB trimestral

  • XP Investimentos – Carta Econômica

  • FMI – Economic Outlook, julho de 2025

  • OCDE – Economic Survey: Brazil

  • FipeZap – Índice de Aluguéis

O segundo semestre de 2025 será marcado por desafios inflacionários moderados, mas persistentes. Os brasileiros devem se preparar para aumentos pontuais nos alimentos, energia e transportes, com estratégias que preservem o poder de compra e otimizem a gestão financeira.

A responsabilidade fiscal do governo, a credibilidade do Banco Central e o comportamento do mercado internacional serão os principais termômetros para saber se o Brasil encerrará o ano com inflação dentro da meta.